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quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Carta do baiano pilheiro para o Amor




Caro Amor,
Tô ligado que qualquer porra que eu falar aqui você já ouviu, vai ser só lenga lenga, isso porque sei que você é miserê, boca de zero nove mermo e num come nada das pilha que vô mandar, mas que se dane!
Sabe por que? Porque eu também tô ligado que por mais previsível que seja sua chegada, sua volta, ou sua ida você sempre é capaz de me pegar na cocó. Fico eu achando que sei da colé quando vejo tô lá, no ar cainu.
Isso que deve di cê as famosas piadas do Amor, a tal da comédia Divina ou das tentações diabólicas ou ainda o que os gringo chamam de fraqueza humana, não importa o que sei é que você é um piadista da porra.
Pois é, sinhô Amor, venho então chover no molhado com essas linhas aqui, acho que você deve di tê meio mundo de coisa massa pra fazer no lugar de ler um caboclo te pertubando em um blog meia boca, mas acho que você pode mandar um funcionário olhar e te dar a idéia.
Num vô gritar, Xingar, quebrar o pau, abrir a roda, levar tudo pra casa de noca ou chutar macumba aqui, descobri que não adianta nem cumê água, por que a ressaca sempre chega, de um jeito ou de outro,  então vô entrar na sua putaria e rir ou chorar de suas piadas, mermo sabeno que tá me comediano.
Seus coxixos de comédia e sua brincadeira de gato e rato são foda, nenhum desses que escreve novela aí ia pensar tão rápido, na verdade tô ligado que eles imitam suas criações pra fazer as novelas, os filmes, os livros e poemas (eles se armam que você num processa e bota esse pueta no pau).
Não vou meter a porra em ninguém nem ni mim mermo por cusa da sua crocódilagem, mas eu sei que um monte de zé ruela já fez isso por sua causa (óia, eu também posso te acusar de mandante rapá, se ligue, dê mole cumigo não!), além do mais vai que essas idéia espíritas tão certa e eu me arrombo com a alebara no inferno!! Lá ele!!!
Era bom poder pedir dois altos e sair da sua mulecagem, voltar mais tarde e me sair de novo, mas sei também que você é mais pirracento que minha irmã e aí eu me lascava de vez.
Então como é que eu faço, porra, não posso pedir porra nenhuma, nem exigir nem fazer nada só escrever isso um monte de vez pra vê se você fica com pena de mim.
Mas sei que vai dizer que tem pena é galinha...
É idéia que fico cabrero as veis, cabrero de viver a vida inteira de um jeito e depois achar a foto de uma figura no fundo da gaveta e chorar que nem romêro na guta da Lapa.
(Conselho: não guarde fotos antigas) ah, valeu mermo!!
Fico cabrero de ficar só lembrando de uma noite bala num motel.
E morro, morro de medo de escolher as onda errada pra mim fiu.
Então vou aguentar meu beré e tirar onda de brabo! Assumir meu lado sertanejo nessa porra! Quero é prova e um real de big big que num vô me botá nessa porra, Vou deixar que cada um cuide de sua vida e vou fazer uma aposta com você Amor?  Aposto uma grade e o ingresso do Bahia que você vai quase esquecer de mim, se arranjando com alguém que as veiz é atencioso e cuidadoso (quase aveadado) e você vai até ser quase feliz, até que alguma noite quando tiver de boréstia, de chuva ou sei lá o quê, apareça a lembrança do velho escritor baiano safado mau caráter, melhor desprezível e repugnante, que nunca conseguiu fazer nada brilhante pra dizer que você, Amor, é importante.
Igual o rei botô quente nessa ó: “se um outro cabeludo aparecer, na sua rua/ e isso lhe trouxer lembranças minhas, a culpa é sua”
Não vou prometer nada nem você a mim, historinha de noivado e casamento? Rapaz eu tô é virado no estopô. Só vou prometer então umas sensações de doido, dor, alegria, romance, raiva, orgasmo e decepção. Te levar nos bares e boates mais relento e mais chiques das maiores e menores cidades da Bahia que eu for, e sempre aturar suas encheções de saco.
Vou ficar na manha e te pegar na cocó também mermão, do jeito que cê faz comigo, tenho minhas armas rapaz, uns sorrisos, uns oiá miúdo, mexidas de quadril e umas frase copiada dos ôto.
Cochile, mas deixe um dos olho aberto, por que eu vou tá ligadão, não pense que beiço de jegue é arroz doce não que agora eu tô na bruxa e não tem essa de ser corrente certo.
Oxe, oxe oxe oxe oxe, isso é uma ameaça mermo, essa peste do Amor fica querendo me tirar como otário! Tô de cabeça pra cima atrás do chicletão, meu bródi.
Piscando, mas tirando uma braba da porra....

Um comentário:

  1. véio...... véio......

    essa foi foda! ja´tive esse diálogo em outro dialeto.... mas já tive.

    foda!

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