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quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Sexo, Alcool, Merda e cachorro-quente de soja...


Não sei como vim para aqui, comendo cachorro quente no bar, envolto por pessoas que me parecem estranhas, que horas serão? Quem são eles?
Realmente não me lembro de nada desta noite, mas estou começando a recordar sobre o meu dia, para tentar descobrir como cheguei aqui.
Acordei mal, na verdade nem dormi direito... Uma diarréia dos diabos que me acompanhou a madrugada inteira. Lembro de André ter me ligado por volta do meio dia falando sobre uma festa de universitários  e pediu que levasse alguma bebida, não tinha comido nada ainda, então peguei uma maçã, uma pêra e saí de casa às duas e meia, comprei uma água de côco na barraca e procurei uma farmácia, mas já haviam mais de três horas de alívio então resolvi economizar no remédio e investir em uma Vodcka de melhor qualidade.
Quando cheguei André já estava lá com o Leo e o Walter acompanhados por Natasha e Smirnoff quando eu e Orloff nos chegamos, o refrigerante de limão ficava no chão e subia vez em quando aos copos.
- Porra caras, tem bebida pra caralho aqui tinha certeza que meu pedido seria em vão, mas vocês capricharam. Foram essas as boas vindas do André.
De lá pra cá se passaram muitos goles, muitas músicas, alguns foras e provavelmente nenhuma comida, a não ser esse cachorro quente. Puta que pariu!!! Esse cachorro pode me matar, se não de cagar será de vergonha, será que estou com alguma dessas garotas ao meu lado? As duas são estranhas, mas depois da orgia russa tudo é possível, uma baixinha peituda com os cabelos lisos e pretos à minha direita e outra magricela alourada com belos olhos e algumas espinhas a minha esquerda, elas falam e riem enquanto meus ouvidos parecem ainda estar em “stand by”, pelo menos meu cérebro voltou à sua normalidade, o que não posso chamar de sanidade.
Ah, olha lá o Walter, voltou da ladeira acompanhado de outro fulano, olhos vermelhos, risos constantes e cheiro característico. Não tenho certeza se se esse é o mesmo amigo de André que eu conheci no aniversário dele, mas pouco importava, era a pessoa mais próxima no momento.
- Porra Walter, me ajuda cara, acho que apaguei e não a faço a menor idéia de onde nem com quem estou.
- Cara, que onda é essa ?! Relaxa, cê tá no Rio Vermelho.
- Que eu tô no Rio Vermelho eu sei porra, mas o que está acontecendo?
- Hahahahahaha, véi não sei direito também não, passei mal de cachaça e fui pra casa, mas daí você me ligou falando que tava com umas figuras e sozinho e eu voltei pra te ajudar, hehehehe, porra você é mais doidão que eu.
- E vem cá, qual delas tá comigo qual tá contigo? E quais os nomes?
- Fiu, tô de lero com a loirinha, mas ela tá se saindo. Você tava num amasso da porra com a peituda, mas não tô lembrado no nome da sua figura não.
Algumas coisas haviam se esclarecido e meu ouvido voltado a funcionar, agora eu estava totalmente de volta, cabeça tronco e membros, foi quando a srta sem nome falou pela primeira vez comigo sóbrio, ou meio sóbrio.
- E aí gatinho, esse “hot” de soja é bom?
- Não tem gosto de soja, na verdade só soube que era de soja agora, se é que realmente é, mas tem um efeito fantástico contra embriaguez, se eu estivesse sóbrio não pediria de soja.
-hahahaha, você é ótimo, que bom! Pois eu quero você bem acordado hoje a noite.
Terminou a frase engolindo minha boca ainda com um pouco de pão e purê de batatas que se misturou com sua língua e comprovou que todos os sentidos e principalmente membros estavam de volta, firme e fortes.
Junto com o tesão veio a vontade de esvaziar a bexiga, caminhei até o banheiro e um senhor fedorento estava próximo ao balcão, fedia como se não tomasse um banho ha semanas e ele encostou em mim, estiquei meu braço empurrando-o para longe mas ele não caiu.
Haviam dois banheiros femininos e um masculino no final do bar, em um tipo de corredor comprido formado entre uma parede à direita e o balcão à esquerda na primeira metade, depois se fechava em apenas paredes vermelhas, no banheiro só tinha uma latrina e três mictórios, mas nenhuma pia, o que revelava muita coisa. Tinha um jovem assustado mijando no vaso, meio de lado virado para a porta parecia temer quem quer que chegasse, calças apertadas, camisa quadriculada e tênis “All Star”, roupas de quem realmente teme qualquer um. Parei no primeiro mictório, o mais longe da latrina, não queria que o magro seus “dreads” e seu “All Star” ficassem me olhando com aquela cara de medo, pessoas com medo podem ser realmente perigosas, um dia pulei um muro de dois metros e meio de uma vez só por medo de um cão, depois disso não duvidei mais do medo nem dos filmes de Bruce Lee.
A urina logo saiu, ainda com o moderninho por lá, soltei alguns gases enquanto mijava, sempre faço isso, não sei se todos fazem, mas é certo se eu mijar ou peido ou me arrepio quando não os dois. Saindo do recinto procurei uma pia, imaginei que haveria uma comum a homens e mulheres, mas não. Por sorte um dos banheiros femininos estava aberto e lá tinha como lavar minhas mãos, depois de lavá-las saí sacudindo e enxugando-as no cabelo e soltei mais dois flatos, porém este último saiu um pouco quente, e a quentura pernaceu até chegar a mesa.
Pensei em voltar, mas já era tarde, não sabia se realmente tinha me cagado ou não, será que vai feder? Porra, será que aquele cara fedido do balcão também tinha se cagado e não voltou para sua mesa por isso? Enquanto me questionava novos movimentos peristálticos vinham, e eu só conseguia pensar nisso, minha situação requeria concentração, calma e frieza para segurar os gases úmidos e pensar se deveria ou não comer aqueles peitos desconhecidos e sedentos.

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