Meu corpo descrente da vida
Meu corpo derrubava a vida,
Meu copo enchia e esvaziava sem vida.
Meu corpo desvairando minha vida,
Ela me chegou de forma sublime.
Cuidado, Carinho e Pavor...
Meu corpo desidratado de vida,
Mas parecia cheio em seu olhar devoto,
Como uma aluna aplicada colhendo lágrimas.
Enchiam seus olhos e meu todo.
Meu corpo despertando na vida,
Cada gota dela nascia, aumentava-me a luz
Me devolvia ao mundo
Seu medo de me perder só era menor que o meu de não saber,
Se existe e qual o seu sabor?
Meu corpo desejando pela vida,
Sua saliva salgada, meu soro;
Sua pele despida, aspiração.
Meus dedos pediam senti-la,
Cada texto de seu corpo tinha de ser lido cuidadosamente
E tudo ao mesmo tempo.
Meu corpo deglutindo a vida
Dez dedos, uma boca e o nariz a percorrê-la
Sentir todos seus gostos misturados
E cada um em separado
Saboreá-la ali
Prolongando cada gole,
Sem parar de bebê-la.
Meu corpo devorando a vida
Cada sinal “relevando” sua pele, me trazia aos poucos
O sabor que temia não conhecer
Entre suas linhas caminhei meus riscos
Buscando aproveitar cada paisagem dos seus sons
Cada pulsar dos estômagos apertados
Das unhas coladas nos pés
Das gotas trocadas nos cabelos.
Meu corpo deleitado com a vida
Exausto em adoração,
Completo, sóbrio, refeito e cativo
Minha morte anunciada se fora,
Me salvou com tudo que tinha
Agora tenho tudo que preciso,
Meus dedos voltam a tremer,
Buscando linhas e flores na vida.
Que se provou existir.
ninguem dorme aqui!
ResponderExcluirboniiiito, muito bonito, lindo até!
ResponderExcluirmudei o nome e o endereço do blog p/ "fisofoliapura"... atualiza aí.
ResponderExcluirabração
? !
ResponderExcluirrapaz.... que saudade dessas sensações de completância entre pessoas.
ResponderExcluirDo desafio de fazer,
em estados sólidos de matéria,
2 corpos ocuparem o mesmo lugar no espaço,
e um coração ocupar todo o vazio do seu.