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segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Querido Diário (parte 4)


Foi quando eu tinha uns onze anos que meu pai voltou e me levou da zona rural para a cidade de Brumado onde ele havia comprado uma casa, era numa rua pavimentada com placas hexagonais de concreto e ligava o barracão de comércio de gado até uma estrada de chão nos limites externos da cidade. A casa era azul, pequena porém bonita, ficava ao lado de um templo religioso onde as pessoas se juntavam pra gritar feito loucas por Jesus, sempre me chamavam, eu até fui algumas vezes mas não gostava nada daquelas músicas e no fundo achava que Jesus, se pudesse ouvi-nos não seria pelo volume dos gritos, fiquei até com medo de acabar perdendo minha audição se acompanhasse todos os cultos, já bastava os que era obrigado a ouvir de casa mesmo.
A verdade é que preferia ir para o bar ouvir os velhos a beber e jogar bilhar na esquina, um lugar simples mas movimentado. Lá eu sempre ganhava uma tubaína e beliscava algum tira-gosto, ali se comia de tudo, de carneiro, bode, boi ou porco geralmente frito, os rins, as tripas, o fígado ou um ensopado dos testículos ou do rabo com um gordo e delicioso pirão. Quando tinha matança muito boa no dia chegava até o cupim, também era comum achar alguma caça ou pescado das redondezas, comi tatu, paca, caetitú, teiú, jibóia e muita traíra. Daquele lugar, além da gastronomia guardo na memória até hoje algumas lições muito importantes que aprendi, principalmente sobre as mulheres, coisa que com certeza eu não aprenderia no templo.
Nessa época batia punheta umas três ou quatro vezes por dia, geralmente pensando nas raparigas que as vezes apareciam no bar ou naquelas que posavam para os calendariozinhos que os velhos me davam, era um masturbador viciado, todo dia de manhã, antes da aula, de tarde depois do almoço e antes de dormir, sendo que às vezes no meio da tarde, dependendo do que encontrava na rua ou do filme que passava na sessão da tarde.
Minha professora era uma velha gorda e não me servia de inspiração, até gostava dela, diferente dos outros alunos, afinal de contas ela sempre me protegeu, certamente por que eu era um coitado sem mãe cujo pai vivia a viajar, não me importava nem um pouco com essa imagem, contanto que me fosse útil para alguma coisa. Não que eu precisasse de protetora, sabia me cuidar, se me provocassem colocava em prática tudo o que aprendi com meus primos, depois de enfrentar aqueles dois os fracotes de minha sala nunca me intimidaram, na verdade eu me interessava mais em provocar os meninos das turmas mais velhas (que eram da minha idade), pra impressionar as garotas.
Sempre que brigava na escola as professoras e diretora me protegiam, para continuar com esse respaldo eu sempre fazia minhas obrigações escolares e tirava boas notas, e batendo nos outros garotos comecei a ficar popular entres as meninas, porém o que elas queriam naquela época não era bem o que eu esperava, então descobri que as que eu realmente queria não estavam na escola.
Passava os fins de tarde e finais de semana nos botecos, as quengas me mostravam  suas e as vezes até deixavam-me tocar partes de seus corpos, mas nada além de um sutiã ou calcinha, nunca deixaram pôr a mão por baixo dos panos, afinal eu não tinha dinheiro mesmo. Por ironia divina onde consegui algo a mais foi justamente onde menos esperava, no culto.
Eu tinha treze anos e ela dezessete, era irmã de um moleque da escola que era também meu vizinho, eu já a tinha visto no templo e acho que ela me reconheceu um dia quando foi buscar o irmão depois da aula, se chamava Cláudia e era muito simpática e carinhosa comigo, longos cabelos lisos e negros, tinha também muitos pêlos nos braços e no pescoço, uma penugem que se sobressaía de sua pele clara por baixo de suas orelhas levando o contorno do rosto até os maravilhosos seus lábios carnudos, era uma deusa! Sempre me esperava pra que fosse-mos juntos para casa depois da aula; eu, ela e o gordinho. Era muito gostosa e fiz amizade com o seu irmão, um chato que nem me lembro o nome, pra poder ver mais das partes da bela crente que vivia coberta em longas saias e blusas de manga comprida, peguei belos lances de suas pernas estando em sua casa, eram pernas magras mas bem feitas, com seus pelinhos lisinhos nas coxas desaparecendo aos poucos, terminavam em um largo quadril, já pronto para receber um homem pelo meio.
O garoto lá irmão dela só queria saber de jogar futebol, mas como para mim não era interessante sair de casa ensinei-o a jogar cartas, ele era muito ruim mas até o deixava ganhar para empolgá-lo, enquanto isso olhava a Cláudia transitando pela casa, seu quarto era o último da casa, sendo o primeiro para quem vinha do quintal, então esse era um grande motivo para eu me hidratar a todo momento, entrava pelo quintal a passos lentos até a cozinha, uma vez a peguei dormindo à tarde, ela estava usando um shorts bem curto e leve, de bruços com uma das pernas dobradas revelando uma pequena fileira de sua calcinha branca, me aproximei vagarosamente e me abaixei para sentir o cheiro de sua flor, aquele dia foi mágico! Minhas entranhas travaram com o aroma do meu maior desejo entrando pelo meu corpo, percebi pela calcinha a leve saliência como um gomo de tangerina, daqueles ainda não totalmente maduro, firme, cheio de sumo e com um aroma que tomava todo o ambiente.
Quase todos os dias eu estava na casa dela, digo, do gordinho; jogando cartas, futebol de botão ou bolas de gudi no quintal, nada de futebol ou pipa para tirar-nos dali. Estava obcecado por ela.
Ela começou a perceber meus olhares e a brincar comigo, me dava até selinhos, me abraçava esfregando os seios em meu rosto, apalpando a minha bunda e tudo mais enquanto eu pegava intimidade com o tempo. Volto a afirmar que ela se tornou o maior senão o único motivo de minha masturbação por um bom tempo, me enrijecia só de chegar perto, e mesmo longe conseguia lembrar de todos os detalhes da superfície daquele corpo, dos sinais sobre a pele alva, dos pêlos em maior quantidade que os das outras garotas, minha memória devolvia com frequência o seu aroma aos meus sentidos fazendo pulsar todo meu ser. As horas no banheiro já chamavam atenção de meu pai e de sua esposa mesmo no pouco tempo que eles ficavam em casa, por várias vezes eu já estava com minha glande avermelhada e dolorida e mesmo assim não conseguia parar, era patológico.
Enfim em uma terça-feira, toquei na porta e ela estava sozinha em casa, me chamou pra entrar, tinha acabado de chegar da oração e estava em seus trajes típicos, falava alguma coisa sobre o irmão que chegaria logo enquanto tirava a blusa e caminhava pelo longo corredor da casa, fui atrás e entrei em seu quarto sem dizer nada, ela me viu e sentou a cama me chamando para sentar ao seu lado, “essa gata só de sutiã ao meu lado!!”, ia tirando os sapatos e ajudei, levantei minhas mãos e ela as colocou no meio de suas pernas, estava muito quente lá, acariciei um pouco, estava muito ansioso para olhar e levantei sua saia toda, ela sorriu e me mostrou como queria que eu a tocasse com minhas mãos. Havia aprendido ali outro truque, não tão bom fisicamente como fazer em mim mesmo, mas saí dali me sentindo um verdadeiro homem, que sabia dar prazer a uma mulher.

2 comentários:

  1. essa foi a época que melhor desenvolvi minha memória fotográfica...

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  2. aiai... memórias da minha infância pré adolescente.... êeee saudade!

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