Depreciativo NÃO é depressivo!

Não tenho paciência para longas depressões
Se estiver deprimido, vá beber sozinho!
Se estiver depreciativo...

Vem beber comigo


sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Brincando com palavras...

"Beijaria um bode,
 por uma cerveja."
- Vai atrás de um bar, bicha!
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Saudade dela.
É saudá-la
e saldá-la.
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Olho-me no rio,
molho-me,
e rio.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

3 x 3

- Classificar a vida em escalas de sociedade!?
   Podem me classificar por isso,
   mas prefiro as escalas de saciedade
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Escurecer meu pulmão atrás desse lento caminhão,
ou arriscar passar no escuro?
Acendo outro cigarro para clarear a decisão.
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Três coisas que eu preciso para ser um escritor:

1-Papel,
2-Lápis e
3-Um emprego para pagar e apagar o resto.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Chão Aberto

A angústia

Algo me revira por inteiro, sopra minha alma. Mesmo sem acreditar nela, nesta hora me apego a tudo que posso, basta ouvir seu nome, coisas ligadas a ela.
Como é possível não conseguir desapegar de algo que sempre te fez tão mal?
As maiores fraquezas emergem, os piores sentimentos.
Insegurança, mêdo, dor, raiva, e a grande decepção por si mesmo.
Todas as conquistas e qualidades se tornam nulas, insignificantes diante dela.

A perda.

A perdi esse ano, venho sem conseguir juntar minhas forças para lutar, luta que perdi antes mesmo de entrar. Primeiro ela me tirou meu pai, o que me fez admirar ainda mais minha mãe. Hoje ela é o único motivo que enfraquece essa admiração, que de nada me serve neste delicado tema. Matou três pobres homens que lá viveram, num intervalo de cinco anos, três almas se foram e não matou a fome daquele chão aberto.
Alma, a minha definha em seus pensamentos e só fujindo consigo sobreviver.
Como conseguirei viver a fugir do meu maior tormento? se ele não foge de mim?
É como um passado assustador, que te aperta de tempos em tempos, que sobe para respirar e tira seu sangue, seu ar, seu controle totalmente. Não consigo descrever com metáforas, poemas nem nada de mais humano que eu venha a ter em mim. Simplesmente desfaço dos meus próprios conceitos e de qualquer resquício de sanidade, não penso.
Tremo, me reviro em nós físicos!

A maldição

Começo a crer que tenho incapacidade de solucionar meus problemas, começo a crer em espíritos mais fortes que todas as correntes de pensamento, chego a achar que meu problema é sim maior que o dos outros, mesmo não sendo.
Como pode ser coincidência?
Como pode haver um lugar tão "almadiçoado" para alguém?
Amaldiçoado define bem, não sei sua etimologia, mas deve ser algo do tipo que se diz mal, que diz o mal ou que traz o mal. Escrevi isso errado "almadiçoado" pois soa exatamente como me sinto, com minha alma ou espírito, ou meu corpo inteiro incluindo partes fora dele suando em bicas.
Não acredito em maldições, mas hoje soube da morte do quarto inquilino de seu chão.
E a forma que me sinto morrer ao saber disso, eu não consigo explicar nem expressar, e tentando isso delongo tantos minhas linhas.

O escritor

Pela primeira vez escrevo algo tão sobre mim por aqui, algo tão real.
por isso o desabafo não pode parar, senão ele não volta.
Queria ser escritor, queria mesmo. Comecei juntando as letras, acho que nisso sou igual a muitos.
só nisso. tentei viver de forma que me inspirasse. Lugares e pessoas, quanto mais ricos e diferentes melhores, mas de nada isso adiantou. Li pouquíssimo, mas esse pouco só me piora, tenho excelente memória, a única coisa que ajuda. Consigo ler um texto que ache genial e dividi-lo em dez porcarias, cada uma fazendo menção há um trecho da genialidade alheia. Gostaria de poder ler dez coisas quaisquer e poder fazer uma genialidade.
Minha inspiração é igual a chuveiro aquecido pelo calor do sol, funciona bem quando você menos precisa dele. Então escrevo sem inspiração, qualquer porcaria que seja para esquecer da maldição.
"O maior escritor da atualidade", me disseram que eu me julguei isso.
Devo ter dito mesmo, bêbado ou não, não me lembro. O fato é que estava sendo sarcástico. Com certeza, me lamento por não entenderem sempre meus sarcasmo, mas isso só mostra minha insegurança.
Não faço idéia de quem seja o maior escritor da atualidade, mas acredito que ele deva ser o maior de todos os tempos. Não só pelas ferramentas literárias espalhadas mas pelo crescimento na estatura média da população mundial, além do mais teoricamente quanto mais escritores existem, maior a chance de escolhermos algo muito bom.
A primeira pior teoria do mundo, a teoria mais furada que já vi, realmente mais opções não significam melhores escolhas, a não ser no campo do melhoramento animal, coisas parâmetros quantitativos.
Blogs, livros baratos, e-books, TOPA, e pessoas mais altas é a grande fórmula de aumentar-mos as chances dos grandes escritores.
Todos são escritores, médicos, loucos, fotógrafos e tocam pandeiro.
Isso já me irritou, por que a grande, grande maciça maioria são péssimos.
Assim como eu sou, somos quase todos: Porcarias de médicos, seres fingindo ser loucos para serem diferentes, querendo acompanhar os amigos no pandeiro para serem divertidos e interessantes, querendo tirar fotos bonitas e "artísticas" de paisagens e pessoas pobres, mas principalmente juntando letras engraçadinhas em trocadilhos previsíveis.
Todos fazendo suas próprias porcarias.
Admiro quem vive dessas coisas, quem consegue renda, quem conseguem agradar e ser melhor em coisas teoricamente tão fáceis.
Olha a segunda pior teoria do mundo aí gente!!!! Exatamente pela facilidade que se tem hoje, por tudo que falei de blogs, e-books e falsa alfabetização, pelo costume de receitar remédios a amigos e parentes, pela facilidade de usar roupas extravagantes, de comprar uma máquina digital, de ter amigos músicos e batucar na Bahia (Culpa de Saul que disse que todo menino do pelô sabe tocar tambor).
Desse ponto de vista sou melhor médico que todas as outras coisas, afinal ainda me pagam por umas receitas aqui e ali (não para pessoas), apesar deu saber que me pagam muito mais pela simpatia e disposição.

O Sonho

Queria poder juntar dez textos em um, depois fazer deste texto um parágrafo, deste parágrafo uma linha. Uma linha genial que remeta a dez porcarias.
Queria isso ouvindo Gal gritar nos meus ouvidos:
"No fundo do peito esse fruto, apodrecendo a cada dentada!"
Na verdade, escrevi isso para esquecer o motivo principal de tudo, mais uma vez, escrevo sempre para esquecer disso. Esquecer dela.
E funciona, sempre funciona. Até o texto acabar, depois volta.
Queria tirar do peito esse fruto podre, queria me livrar da maldição.
Sem perdê-la, sem morrer.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Nossos Corpos

Cabelos,
longos e curtos,
Toques e cheiros,
seus, cal, tons
os meus camelos
teus ondas de céu
meus sob chapéu.

Rostos,
olhos pequenos
estreitos travam
línguas e dentes
tão infalíveis
quão grossos lábios
imprescindíveis

Braços, peitos,
em pele ou pêlos,
seus grandes fartos
quase padeço.
em rock ou Bossa
dos meus esqueço
são nossos, nossa!

Caminho às pernas
suas finas tenras
minhas grossas tortas
às unhas mortas
tais de um mulambo
escolhe as cores
diz como as chamo.

Se brilha ou fosco
ao te encontrar
se verde ou cinza
ao me afastar
quebrando aos pés
comendo às mãos
nem sempre sãos.

Despedir a cada olhar
pensar se vou voltar
sem nem despir para amar
sem nem partir ao acordar
da preguiça do adeus
da ida sem vinda
onde estará mais linda!

sábado, 15 de janeiro de 2011

Silêncio

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- cada palavra que me aparece parece cheia demais pra existir.
- ufa! quebrou essa gélida dor
- realmente, muito cheias
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sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Eduardo Cold

Saí com uma garota há um tempo atrás,
Amanda, garota gentil.
Ela me contava sobre seu ex-namorado,
Eduardo Cold.

Saí com Julieta Rosa também
por um tempo
dentre as conversas
havia comum passado
Eduardo Cold

Conheci hoje Rebeca
de pé num Jazz
Eis que aparece
Eduardo Cold

Cumprimentos e risos,
Conversas privadas
Fui ao banheiro e a deixei com,
Eduardo Cold

Na volta ela estava só
veio ao meu lado
ricas conversas
e de novo até o banheiro encontrei
Eduardo Cold

Ele não me conhecia
e eu sabia tanto dele
achei injusto, mas é a vida
ele chegou educado:
"boa noite cara, você é namorado da Rebeca né?"
pobre Eduardo Cold

Pensei em tudo que sabia
humor, carinho e tamanho
Pensei na pergunta interessada e
por fim disse:
"Que nada filho, somos velhos amigos, só amigos"
até mais Eduardo Cold

Voltei até Rebeca
anotei seu telefone e me despedi
não seria justo com ele,
não seria justo com ela,
inverter a ordem natural das coisas
todas merecem evoluir na vida
aproveite Eduardo Cold


te ligo em algumas semanas...

Corpo, hum... ano, faminto

O corpo do homem é dividido
em três partes,
cabeça, barriga e membro.


Tudo o que você precisa,
alimentar
O resto só existe para buscar,
alimento


Comida, bebida, cultura ou mulher


Tudo se baseia no costume,
condicionamento
se come porcaria está
condicionado


Comida, bebida, mulher ou cultura


Se prova algo melhor
contente
Fica difícil voltar atrás
contentar


Comida, mulher, cultura ou bebida


Difícil priorizar um órgão
equilátero
Mesmo com o alimento
escaleno


Mulher, cultura, bebida ou comida


Nem toda cabeça reclama
o membro sempre clama
não aguenta a barriga chama
FOME!


Cultura, mulher, bebida e COMIDA


Reina barriga
sem ela, cabeça ou membro
definham

Reina cabeça
sem ela, membro ou barriga
mesquinhas

Reina membro
sem ele, barriga ou cabeça
sozinhos


Comida, bebida, cultura e MULHER


bebida é comida, cultura é mulher
mulher é bebida, comida é cultura
cultura é bebida, mulher é comida.


Felizes coincidências
Tristes prioridades
Fome voraz.



Poucos membros famintos
Muitas barrigas famintas
Incontáveis cabeças famintas