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sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Estudando o Arrocha (parte 1)


O Arrocha é o mais novo movimento musical nascido, amadurecido, evoluído, apreciado e principalmente reproduzido na Bahia, corroborando mais uma vez o status de berço da cultura nacional adquirido por este estado.
Capaz de representar bem a atual sociedade baiana este movimento engloba uma demonstração da simplicidade cultural, da diversidade étnica e complexidade física do povo assim como a alegria e capacidade de adaptar-se e transformar em sua todo o tipo de cultura exógena.
Inicialmente pretendo avaliar o ritmo e as letras das composições , as quais refletem, como citado anteriormente, a simplicidade cultural, pois os temas das composições possuem apenas leves variações, consistindo principalmente em temas amorosos e sexuais, que se dividem em canções de duplo sentido, de sentido direto ou de culto ao corpo de ambos os sexos, o que demonstra a evolução da sociedade numa libertação gradativa dos conceitos machistas. A simplicidade é evidente também no ritmo que consiste em uma base de teclado repetida em 60 a 70% das canções e outras duas variações englobando o restante, as melodias se diferenciam quase que exclusivamente pelos solos de teclado e arranjos de grupos mais criativos que se utilizam de outros instrumentos dos mais diversos, e até mesmos sons do cotidiano (como sirenes, auto-falantes, etc.) o que revela desde já uma influencia em grupos de rock psicodélico espalhados pelo mundo desde o final da década de 60.
A diversidade étnica e complexidade física são percebidas na dança (que também faz parte direta deste movimento cultural). A base da dança consiste em movimentos circulares e contínuos com os quadris (descendência africana), opostos aos movimentos dos ombros (descendência indígena). A junção destes dois movimentos já propicia dificuldade enorme para quem não vivencia este meio há tempos, principalmente para aqueles que vivem sobre os conceitos de uma cultura européia ou simplesmente possuem maiores características genética desses povos. A expressão corporal não para por ai, existem variações que demonstram as diversas influencias tantas vezes características em nosso cotidiano baiano. Os principais exemplos são: no recôncavo baiano, quando um individuo do sexo masculino dança sozinho ele costumar utilizar a base do boxe (esporte norte americano) para exprimir sua virilidade, força e coragem; já a mulher que dança sozinha costuma manter os braços retos juntos ao corpo e com as mãos fechadas (lembrando os movimentos de uma gueixa) revelando sensualidade e fragilidade; Em regiões frias o ato de juntar as mãos esfregando-as e soprando característico de todo ser humano não impede que se movam com o mesmo esplendor, os tímidos também não são excluídos desta dança pois cruzando seus braços se afastando do contato social ele permanece suavemente os movimentos dos quadris revelando sutilmente sua sexualidade reprimida.

3 comentários:

  1. Na verdade o arrocha nem é tão novo, mas o texto também não é...
    então foda-se

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  2. texto "tosco" e "bom" feito o próprio tema

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  3. veiii esses dias eu tenho dado risada sozinho lembrando do seu texto do rio vermelho...
    um dia desses num restaurante, outra na fiocruz e hj, quando fui fazer prova de vestibular. Fui no banheiro pra mijar.. Quando eu penso que não, o broder da cabine do lado larga um peido daqueles de sonoridade crescente na hora mijada..claro que eu aproveito e largo o meu, no vácuo...

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